“Então eu fechei os
olhos e disse à mim mesmo que nada mais seria forte o suficiente para me deixar
naquele estado outra vez, eu tremia, minha voz falhava, as lágrimas corriam sem
parar, era um ódio no peito que parece que me matava aos poucos. Eu posso dizer
que te amei, amei muito, mas esse amor me fazia mal, é como o veneno de uma
cobra, ele mata, mas só ele pode ser o remédio, então fiquei nessa balança de o
que acontecia realmente, se me fazia bem ou mal, e eu vi que me fazia muito bem
sim, me fazia sorrir ao acordar, mas todas as noites eu adormecia entre
lágrimas e eu não podia, por mais que esse amor fosse imenso como um mar,
continuar me matando só pra te fazer feliz, porque eu me importo com a sua
felicidade, desde que ela seja fruto da minha.”
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